terça-feira, 9 de agosto de 2011

Estado liberal foi adotado no Brasil nesse período apontando diferenças entre contexto econômico americano e brasileiro.

Sendo a palavra liberal advinda do latim LIBER (“ ou seja livre”). Na  origem da palavrancia, o termo referencia-se a uma linha filosófica,econômica e política que visa limitar o poder do estado sobre a sociedade,tratando através de contratos e regulamentos defender e apoiar os direitos individuais. O liberalismo surgiu de pensadores iluministas, tais como Jean Jaques Rousseau , Montesquieu, John Locke século XVIII,  como John Locke e Montesquieu, que buscavam o estabelecimento de limites da intervenção do Estado na esfera privada, com a assertiva de que o direito natural, e as leis emanadas do governo suplantavam,o simples desejo de reis ou imperadores, que se voltassem contra este ditame, tornar-se-iam tiranos. Esta linha de pensamento combinava com a filosofia de que tudo que fosse comercialmente bom, traria benefícios a toda sociedade.O pensamento liberal foi posteriormente atrelado a defesa do capitalismo emergente da revolução industrial.
Nesta linha filosófica se pregava o fim de toda intervenção do estado nos meios produtivos  bem como na distribuição das riquezas, determinando o fim de medidas monopolistas e ou protecionistas, e a ferrenha defesa da economia de mercado ou seja livre concorrência entre as empresas.Teses defendidas por pensadores do calibre  de Adam Smith, Malthus e David Ricardo.
        Falando em termos de Brasil o ideário liberal por aqui aportou no inicio do século XIX, porém somente fazendo alguma diferença no meio social após a independência. O   liberalismo brasileiro é sui gêneris posto que seus principais adeptos fossem os grandes oligarcas, grandes latifundiários, importadores ou exportadores de mercadorias, e senhores de escravos. Estes não queriam sair da estrutura escravagista de produção bem como do binômio açúcar e café. 
Estando livres do jugo português, os grandes oligarcas tencionavam fortalecer o poder legislativo em detrimento do poder real. 
     Sabemos que durante  todo o período Imperial, o Brasil teve uma política bipolar, baseada em dois grupos bem definidos,  os liberais e os conservadores. Os liberais faziam a defesa de um sistema de educacional longe do controle de clérigos, leis  que fossem favoráveis à quebra de monopólios principalmente no que tangia a propriedade, bem como a descentralização do poder.   
Já o lado conservador era totalmente contra esse ideário, sendo por esse motivo todo o período de nosso império marcado, por tensões entre os dois grupos, que se uniam quando lhes era conveniente.
Continuando a seqüência do que postei, no Brasil os atores envolvidos e defensores da matriz liberal não tiveram a capacidade nem o discernimento para  entender que o ideário liberal era em muito mais complexo que um mero jogo político. . Por isso nenhuma das ações empreendidas pelos liberais logrou êxito, eliminando o que lhe era de mais caro, o velho e obsoleto sistema ainda com resquícios da política escravagista.
Visto que todas as ações por eles propostas vizavam apenas a defesa de seus próprios interesses, ou seja o comercio e a manutenção do trabalho a baixo custo.
     Por tanto no caso especifico do Brasil, dois tipos de matriz liberal podem ser nitidamente identificados, ei-los:o ligado aos grandes latifundiários, e o outro ligado a nova classe proletária, e a elite urbana. 
Sendo que essa nova classe somente veio a surgir a partir de 1860, com o grande desenvolvimento urbano, principalmente do Estado se São Paulo, e maior acesso a escola, da elite emergente, neste contexto, o liberalismo clássico encontrou um campo mais fértil para vicejar. 
A partir dos anos 30 com a ascensão de Getulio Vargas vitorioso na revolução e eleito presidente, e o posterior golpe de estado por ele aplicado, deixando-o no poder até 1945, o liberalismo perdeu muito de sua força, principalmente pela criação  da CLT, que engessava o patronato, fazendo valer os direitos dos trabalhadores. Vejamos, pois que em suas duas primeiras fases o governo Vargas foi centralizador, e intervencionista.
Quando eleito em 1950 Vargas voltou ao seu velho estilo paternalista, centralizador, e com muitas intervenções tanto no mercado, quanto nas relações trabalhistas, e criou também algumas multinacionais como a fabrica nacional de motores, a companhia siderúrgica nacional e outros organismos estatais.

 Boa tarde, esse é o diagrama de nolan, e exprime o contencioso entre as matrizes, políticos econômicas e sociais, e suas nuances.
 Podemos observar que ele se divide em cinco vertentes, cada qual representando sua posição quanto a ingerência na sociedade: no alto o liberal, abaixo o nacional-estatista, à esquerda o social-democrata, à direita o campo conservador, e entre essas quatro tendências, o centro.
Se nossa matriz neste prisma for a liberal, tenderemos a sermos pacifistas e defensores do hoje politicamente correto do tema  conservação ambiental.Defenderemos relações   multilaterais e plenamente estaremos fora do raio de ação religioso. Teremos como dogma central de nossa ação de Estado a total liberdade de expressão, das individualidades e incentivadores da integração econômica dos povos (globalização).Lado outro porém, seremos visceralmente, conta todas as formas ditatoriais, xenófobas, estatizantes,populistas, bem o fanatismo radical religioso. 
Essas são as principais vantagens do liberalismo.

Há uma diferença singular entre o pseudo liberalismo implantado no Brasil e o que mentalizou os primeiros colonos a chegarem em terras norte americanas.
 Voltando no túnel do tempo. Um dos pioneiros da colonização dos Estados Unidos, um cidadão de nome  John Withrop deixou escrito um livreto, no qual disse sonhar ser os estados unidos no futuro, fosse uma estrela a brilhar na constelação do universo chamado mundo. A grande maioria dos norte- americanos, sejam liberais ou conservadores, coadunam da  mesma opinião, Todos concordam com os termos da carta de Withrop. É impossível  vislumbrar a sociedade dos Estados Unidos dissociadas de seu jeito americano de ser, antes de  ser nominada como um padrão de arrogância é na verdade uma afirmação de humildade de quem lutou para implantar um liberalismo que vem desafiando o tempo e as mazelas de uma sociedade em constante mutação.
Ao conquistar sua independência junto aos ingleses trataram os norte americanos, de rapidamente constituir um estado de direito, e ocuparem logo seu espaço no roll das democracias
Acreditar que o Estado poderia por si regular toda gama de relações entre o Bem estar da sociedade e suas relações com o privado,é tarefa hercúlea para qualquer cientista político.
 O economista Roberto Campos, que sempre combateu as políticas econômicas brasileiras, disse certa vez, "Assumir explicitamente o liberalismo em qualquer instância como fazendo parte do menu político brasileiro é tão alienígena em um país com nossa cultura centralizadora, quanto fazer sexo em público.” Essa sua observação pois mais tardia que seja ainda se aplica ao Brasil da atualidade, onde verdadeiros defensores do livre mercado, são tão raros quanto se encontrar pingüins surfando em praias cariocas.
Uma das explicações para que o Brasil não tenha uma matriz liberal bem delimitada, penso eu é nosso sistema político eleitoral, com voto compulsório, partidos fracos, candidatos personalistas, corrupção, compra de votos, e as políticas econômicas assistencialistas, que levam as classes menos favorecidas em todos os índices de bem estar ou econômicos, a votar sempre em quem lhes prometer mais vantagens a curto prazo.
Vem dai a criação das bolsas tudo, deus nos livre de algum político incauto hora dessas na falta do que fazer, criar aqui por essas pragas, o dia nacional da preguiça, ou o dia nacional dos sem emprego, com certeza será eleito ou reeleito, afinal isto é Brasil. 

Ainda sobre o liberalismo no Brasil,: O modelo liberal adotado pelo Brasil foi o europeu, calcado já afirmei acima no iluminismo.
Após a ditadura Vargas, e seu governo republicano, calcado na força das urnas, pouco se mudou em sua forma de governar, centralizadora e controlando, todos os entes do ESTADO.

citando  Richard Weaver," as idéias têm conseqüências, e é importante se defender e não se desculpar por ter as idéias certas. É preciso permanecer intelectualmente sérios ao se opor às idéias que minam a história da liberdade"
A republica federativa dos  Estados Unidos da America tem seus princípios apoiados sobre o conceito máster de liberdade.  Alicerces esses que foram cimentados sobre dor de uma revolução civil, que levou para adiante a emergente  idéia de liberdade,contrariando o que era entendido apenas como guerra sanguinária pelos europeus.
O QUE É LIBERALISMO NO ESTILO DOS ESTADOS UNIDOS
Timothy Goegline
" Esse sangue e essa terra foram realmente sentidos na experiência vivida pelos primeiros colonizadores. Eles vieram da Europa, haviam vivenciado as guerras e compreenderam que a cidade luminosa no alto de um morro não era apenas algo diferente mas também algo novo. Minha frase favorita, entre tantas proferidas por presidentes norte-americanos, foi dita pelo grande presidente Franklin Delano Roosevelt, o único presidente a ser eleito quatro vezes na história de nossa república. Roosevelt disse que os Estados Unidos tinham um encontro marcado com o destino. O que ele quis dizer com isso? Acredito que estivesse repercutindo a mesma impressão de Withrop quando disse que a América era uma cidade luminosa sobre um morro. Acredito também que outro grande presidente, o primeiro presidente republicano e um dos maiores dos Estados Unidos, Abraham Lincoln também ecoava a frase de Withrop quando disse que os Estados Unidos, em sua decência, era a última esperança da Terra"
Fonte: dcomerce.com

Agradeço a todos que oraram por mim e torceram para que minha cirurgia fosse um sucesso, estou quase imobilizado, mas com a força dada por vocês, e a lição de solidariedade estou na luta novamente, obrigado a todos.
Pontos positivos do Liberalismo:
 O liberalismo tem como seus pontos positivos e princípios principais,1-)A transparência das ações, a defesa como fator preponderante dos direitos individuais e civis,em especial o direito à vida, à liberdade, à propriedade,enfim um governo baseado,em convenções em que há um acordo tácito, entre o Estado e a sociedade, regido por contratos que minimizam sua interferência na livre concorrência de mercado, livre escrutínio, igualdade perante a lei de todos os cidadãos. 
Pontos negativos do Liberalismo:
Podemos citar como tendão de Aquiles do liberalismo sua relação com a  defesa do regime escravocrata, o que causa uma dicotomia, ou seja uma relação  paradoxal, pois, como podemos ler acima entre os princípios do liberalismo esta a defesa das individualidades, e o direito pleno a cidadania. 
Podemos citar então um dos conceitos do liberalismo, entre tantos outros " É uma ideologia ou corrente do pensamento político que defende a prerrogativa da liberdade individual mediante o exercício dos direitos e do estabelecimento da lei".
 Outra dos pontos negativos do liberalismo foi sua tendência  a defender  a maximização das liberdade individuais de uma parcela/ ou grupo elitizado de pessoas, concomitantemente  se firmou  como uma teoria que na prática,segregava pessoas de outras etnias. 

Fechamento do Fórum:

Além da caracterização do Estado Liberal propriamente dito (vide exemplo dos Estados Unidos da América na virada do século XX), a resposta adequada ao Fórum gira em torno desta afirmação do autor da apostila:

"O que nos impede de classificarmos como liberal o Estado vigente durante o Império e a Primeira República são, basicamente, dois fatores: a escravidão, que é a negação da liberdade e igualdade civis que caracterizam o liberalismo, e que marcaria todo o período monárquico; e a ausência de participação efetiva dos cidadãos no processo político e de controle do governo pelo parlamento sob a Primeira República, que caracterizam a liberdade política sob o Estado Liberal. Embora o advento da República no Brasil coincida com a democratização dos Estados liberais, o novo regime brasileiro não foi mais que um simulacro dos regimes liberais-democráticos europeus, devendo ser mais rigorosamente classificado como
uma república oligárquica do que como uma democracia liberal" (Correa, 2009, p. 81).



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